Implementação de protocolos de segurança do paciente: reduzindo riscos e melhorando resultados

15/11/2024
Equipe Administre sua Clínica

Um dos pontos mais importantes na qualidade da assistência à saúde é a implementação de protocolos de segurança do paciente. Afinal, esse processo ajuda a reduzir as chances de ocorrências de eventos adversos, além de melhorar os resultados clínicos e aumentar a confiança dos usuários.

Neste artigo, falaremos mais sobre os principais pontos na criação e aplicação desses protocolos, incluindo os passos necessários, os benefícios, e as boas práticas para uma implementação eficiente. Para saber mais, continue a leitura!

Por que implementar protocolos de segurança do paciente?

A implementação de protocolos de segurança do paciente tem como objetivo padronizar  práticas que previnam erros e reduzam riscos. Esses protocolos oferecem uma base para reduzir incidentes como erros de medicação, infecções hospitalares e quedas, além de aumentar a segurança em todas as etapas do atendimento.

As instituições de saúde que adotam protocolos de segurança alcançam maior qualidade assistencial e reduzem os custos ligados a eventos adversos. Além disso, essa prática é incentivada por órgãos de regulamentação e acreditação, que exigem padrões rígidos para a segurança do paciente.

Com isso, os protocolos não só atendem às normas, como também ajudam a fortalecer a confiança entre profissionais de saúde, pacientes e familiares.

Passos essenciais na implementação de protocolos de segurança do paciente

Se você deseja implementar protocolos de segurança do paciente, saiba que é necessário seguir algumas etapas importantes.

    • O primeiro passo é realizar um diagnóstico da situação atual, identificando as áreas mais vulneráveis e os riscos frequentes.
    • Em seguida, é necessário definir objetivos claros e metas específicas, que irão guiar a criação dos protocolos.
    • A equipe de saúde precisa ser envolvida desde o início, pois o engajamento dos profissionais é essencial para o sucesso. Além disso, o treinamento contínuo é uma etapa chave para garantir que todos compreendam e sigam os protocolos.
    • Finalmente, é preciso estabelecer mecanismos de monitoramento e revisão constante para que os protocolos possam ser ajustados conforme as necessidades e os resultados clínicos.

Principais riscos na segurança do paciente e como reduzi-los

Garantir a segurança do paciente envolve identificar e reduzir riscos comuns que podem levar a eventos adversos, complicações ou até fatalidades. Abaixo, exploramos alguns dos principais riscos à segurança do paciente e apresentamos estratégias para reduzi-los.

Erros de medicação

Erros de medicação são uma das principais causas de incidentes de segurança do paciente. Esses erros podem ocorrer em diferentes etapas, incluindo prescrição, dispensação e administração dos medicamentos. Causas comuns incluem confusão entre medicamentos com nomes ou embalagens semelhantes, dosagens incorretas e falhas de comunicação entre os profissionais de saúde.

Uma maneira de diminuir as chances desse tipo de problema é atuar com um sistema de dupla checagem na administração de medicamentos. Além disso, utilize ferramentas como um prontuário eletrônico e etiquetas com códigos de barras.

Infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS)

Infecções adquiridas durante a assistência à saúde, como infecções de corrente sanguínea, respiratórias e urinárias, representam um grande risco para os pacientes. Fatores como falhas na higienização das mãos e no uso inadequado de equipamentos aumentam a probabilidade dessas infecções.

É preciso estabelecer protocolos firmes de higienização das mãos e desinfecção de superfícies. Os colaboradores também devem usar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) de maneira adequada.

Quedas de pacientes

Quedas representam um risco elevado, especialmente para pacientes idosos e com limitações físicas. Essas quedas podem causar ferimentos graves, como fraturas e traumas, prolongando a internação e elevando os custos de cuidados.

A redução passa pela avaliação do risco de queda dos pacientes na admissão e ao longo da internação. Por isso, garanta que os quartos e banheiros estejam adaptados com barras de apoio e pisos antiderrapantes.

Além disso, capacite a equipe para auxiliar os pacientes em movimentações e mudanças de posição.

segurança do paciente

Erros de comunicação entre profissionais

A falta de comunicação clara e precisa entre os profissionais de saúde é um fator que aumenta o risco de eventos adversos. Informações incompletas ou mal transmitidas sobre o estado do paciente podem resultar em decisões erradas e atrasos no atendimento.

Padronize o processo de passagem de plantão com uso de listas de verificação e utilize sistemas de prontuário eletrônico para registrar e compartilhar informações em tempo real.

Identificação incorreta do paciente

A identificação errada do paciente pode levar a trocas na administração de medicamentos, exames e procedimentos, com consequências potencialmente graves. Esse problema ocorre principalmente devido à ausência de verificações sistemáticas e ao uso de identificações ambíguas.

Para corrigir, adote protocolos de verificação dupla com o uso de pulseiras de identificação contendo informações como nome e data de nascimento.

Procedimentos cirúrgicos em local ou paciente incorretos

Cirurgias em locais ou pacientes errados estão entre os eventos adversos mais graves e, embora raros, causam impactos devastadores para pacientes e instituições. A ausência de checagens rigorosas antes da cirurgia é uma das principais causas desse tipo de erro.

Uma forma de corrigir o problema é adotando o “Protocolo Universal” da OMS, que inclui a marcação do local cirúrgico, a verificação do consentimento do paciente e o “time out” (pausa) antes de iniciar a cirurgia.

Protocolos de segurança do paciente: boas práticas para sucesso

Para garantir o sucesso dos protocolos de segurança, algumas boas práticas são indispensáveis. Entre elas, destaca-se a importância de realizar auditorias regulares e a implementação de uma cultura de segurança, onde todos na equipe se sintam responsáveis pelo cumprimento dos protocolos.

A utilização de listas de verificação e relatórios de incidentes contribui para a padronização dos processos. É importante também que os protocolos sejam flexíveis o suficiente para serem adaptados conforme as necessidades dos pacientes e da instituição.

Por fim, a comunicação transparente sobre erros e acertos fortalece a equipe e incentiva a adesão aos protocolos.

Desafios na implementação de protocolos de segurança do paciente

A implementação de protocolos enfrenta desafios, como resistência da equipe e falta de recursos. Muitos profissionais podem não estar acostumados com as mudanças e veem os protocolos como uma burocracia adicional.

Para superar esses obstáculos, é fundamental investir em treinamento e promover a cultura de segurança, incentivando a colaboração de toda a equipe. Outros desafios incluem o custo de tecnologias e a necessidade de adaptações estruturais na instituição, que podem demandar investimentos consideráveis.

Considerações finais

Por fim, devemos sempre lembrar que qualquer instituição de saúde precisa oferecer a melhor experiência ao paciente e isso significa que a segurança é um dos principais aspectos para isso.

Adotar estratégias para reduzir qualquer tipo de erro que coloque a saúde dele em risco, é o primeiro passo para uma gestão eficiente.

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