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Um dos pontos mais importantes na qualidade da assistência à saúde é a implementação de protocolos de segurança do paciente. Afinal, esse processo ajuda a reduzir as chances de ocorrências de eventos adversos, além de melhorar os resultados clínicos e aumentar a confiança dos usuários.
Neste artigo, falaremos mais sobre os principais pontos na criação e aplicação desses protocolos, incluindo os passos necessários, os benefícios, e as boas práticas para uma implementação eficiente. Para saber mais, continue a leitura!
A implementação de protocolos de segurança do paciente tem como objetivo padronizar práticas que previnam erros e reduzam riscos. Esses protocolos oferecem uma base para reduzir incidentes como erros de medicação, infecções hospitalares e quedas, além de aumentar a segurança em todas as etapas do atendimento.
As instituições de saúde que adotam protocolos de segurança alcançam maior qualidade assistencial e reduzem os custos ligados a eventos adversos. Além disso, essa prática é incentivada por órgãos de regulamentação e acreditação, que exigem padrões rígidos para a segurança do paciente.
Com isso, os protocolos não só atendem às normas, como também ajudam a fortalecer a confiança entre profissionais de saúde, pacientes e familiares.
Se você deseja implementar protocolos de segurança do paciente, saiba que é necessário seguir algumas etapas importantes.
Garantir a segurança do paciente envolve identificar e reduzir riscos comuns que podem levar a eventos adversos, complicações ou até fatalidades. Abaixo, exploramos alguns dos principais riscos à segurança do paciente e apresentamos estratégias para reduzi-los.
Erros de medicação são uma das principais causas de incidentes de segurança do paciente. Esses erros podem ocorrer em diferentes etapas, incluindo prescrição, dispensação e administração dos medicamentos. Causas comuns incluem confusão entre medicamentos com nomes ou embalagens semelhantes, dosagens incorretas e falhas de comunicação entre os profissionais de saúde.
Uma maneira de diminuir as chances desse tipo de problema é atuar com um sistema de dupla checagem na administração de medicamentos. Além disso, utilize ferramentas como um prontuário eletrônico e etiquetas com códigos de barras.
Infecções adquiridas durante a assistência à saúde, como infecções de corrente sanguínea, respiratórias e urinárias, representam um grande risco para os pacientes. Fatores como falhas na higienização das mãos e no uso inadequado de equipamentos aumentam a probabilidade dessas infecções.
É preciso estabelecer protocolos firmes de higienização das mãos e desinfecção de superfícies. Os colaboradores também devem usar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) de maneira adequada.
Quedas representam um risco elevado, especialmente para pacientes idosos e com limitações físicas. Essas quedas podem causar ferimentos graves, como fraturas e traumas, prolongando a internação e elevando os custos de cuidados.
A redução passa pela avaliação do risco de queda dos pacientes na admissão e ao longo da internação. Por isso, garanta que os quartos e banheiros estejam adaptados com barras de apoio e pisos antiderrapantes.
Além disso, capacite a equipe para auxiliar os pacientes em movimentações e mudanças de posição.
A falta de comunicação clara e precisa entre os profissionais de saúde é um fator que aumenta o risco de eventos adversos. Informações incompletas ou mal transmitidas sobre o estado do paciente podem resultar em decisões erradas e atrasos no atendimento.
Padronize o processo de passagem de plantão com uso de listas de verificação e utilize sistemas de prontuário eletrônico para registrar e compartilhar informações em tempo real.
A identificação errada do paciente pode levar a trocas na administração de medicamentos, exames e procedimentos, com consequências potencialmente graves. Esse problema ocorre principalmente devido à ausência de verificações sistemáticas e ao uso de identificações ambíguas.
Para corrigir, adote protocolos de verificação dupla com o uso de pulseiras de identificação contendo informações como nome e data de nascimento.
Cirurgias em locais ou pacientes errados estão entre os eventos adversos mais graves e, embora raros, causam impactos devastadores para pacientes e instituições. A ausência de checagens rigorosas antes da cirurgia é uma das principais causas desse tipo de erro.
Uma forma de corrigir o problema é adotando o “Protocolo Universal” da OMS, que inclui a marcação do local cirúrgico, a verificação do consentimento do paciente e o “time out” (pausa) antes de iniciar a cirurgia.
Para garantir o sucesso dos protocolos de segurança, algumas boas práticas são indispensáveis. Entre elas, destaca-se a importância de realizar auditorias regulares e a implementação de uma cultura de segurança, onde todos na equipe se sintam responsáveis pelo cumprimento dos protocolos.
A utilização de listas de verificação e relatórios de incidentes contribui para a padronização dos processos. É importante também que os protocolos sejam flexíveis o suficiente para serem adaptados conforme as necessidades dos pacientes e da instituição.
Por fim, a comunicação transparente sobre erros e acertos fortalece a equipe e incentiva a adesão aos protocolos.
A implementação de protocolos enfrenta desafios, como resistência da equipe e falta de recursos. Muitos profissionais podem não estar acostumados com as mudanças e veem os protocolos como uma burocracia adicional.
Para superar esses obstáculos, é fundamental investir em treinamento e promover a cultura de segurança, incentivando a colaboração de toda a equipe. Outros desafios incluem o custo de tecnologias e a necessidade de adaptações estruturais na instituição, que podem demandar investimentos consideráveis.
Por fim, devemos sempre lembrar que qualquer instituição de saúde precisa oferecer a melhor experiência ao paciente e isso significa que a segurança é um dos principais aspectos para isso.
Adotar estratégias para reduzir qualquer tipo de erro que coloque a saúde dele em risco, é o primeiro passo para uma gestão eficiente.
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