ESG E ENGENHARIA CLíNICA
Equipe Administre sua Clínica
Empreender é concretizar um sonho.
Mesmo um médico que abre um consultório sozinho, ja está empreendendo.
Em uma pesquisa recente, realizada em uma residência em Centro de referência de radiologia, detectou-se que 1/3 desses residentes pretendem empreender, ou seja ter a sua própria clínica
Assim, a premissa para empreender é: o conhecimento em gestão.
No entanto, para o médico esta torna-se uma questão mais desafiadora. Isso porque nos cursos de medicina disciplinas de gestão não são enfatizadas.
Conclusão: o médico que cria uma clínica, é um empreendedor, porém sem gestão e tende a cometer erros de forma sucessiva, mas que são totalmente evitáveis.
O sonho pode começar em uma manhã, em uma pequena sala de aula da residência (com as cadeiras em círculo visando a fomentação de um bate-papo) onde o radiologista experiente explica cuidadosamente sobre mercado de trabalho.
"...você pode trabalhar como empregado, como sócio ou ... criar sua própria clínica" e enquanto ele fala sobre vantagens e desvantagens destas opções , o sonho e a certeza do empreender cristaliza na mente de alguns, embora mesmo sem a noção exata do que é gerir um negócio.
Aqui a latência fica no fato "... vou criar uma clínica do meu jeito", e neste sonho de empreender, o médico que não é gestor, não imagina ou dimensiona a proporção do trabalho, dos custos, dos problemas e de todos os sacrifícios que virão pela frente.
Neste sentido, para muitos residentes, é real a oportunidade em se iniciar uma clínica dentro de um hospital, o que muitas vezes é um berçário seguro (mas sacrificante) para qualquer clínica que se inicia.
Os primeiros funcionários parecerão não ter chefe.
A equipe médica estará sempre ocupada e estressada, por conta das demandas urgentes e do volume de trabalho do atendimento intra-hospitalar.
Infelizmente, os funcionários jovens nunca, espontaneamente, terão as mesmas preocupações que a equipe médica.
Cheios de vida, estes médicos empreendedores, interagirão com todo mundo no trajeto pelos corredores do hospital ou da clínica antes de atender as demandas.
Neste sentido, muitas vezes a paixão pelo trabalho e a excasses de tempo não permitirá que ele compartilhe, de modo organizado, quais as exatas responsabilidades de cada um
O trabalho será intenso.
Dia e noite para ter capital para compra de equipamentos.
E sem saber, este médico empreendedor perderá parte do que se deve receber (muito mais de 10%). E essa perda acontecerá por motivos simples.
Este médico ainda não imagina que um pagamento mensal de uma operadora, frequentemente tem atendimentos misturados de três ou mais meses, o que prejudicará a conferência e facilitará o não recebimento de exames.
O médico empreendedor estará muito mais focado em atender a demanda médica do que atentar-se a burocracia das guias das operadoras.
Neste cenário a tendência a decepções é certa.
Aquele exame intra-hospitalar de um paciente em situação delicada, que definiu a conduta de seu tratamento, salvando sua vida, muito provavelmente não terá seu pagamento realizado, pois no ímpeto de ajudar, o preenchimento foi negligenciado, devido ao carater de urgência.
O sim, o erro continuará sendo do médico empreendedor.
Isso porque ele não estruturou o processo e não orientou a equipe de funcionários para que estes entendessem que os 10% de perdas ocasionado pelo preenchimento incorreto de guias, pagariam o salários e máquinas ao longo do ano.
Com o número de equipamentos crescendo em paralelo ao número de funcionários e médicos, os problemas se multiplicam.
O telefone nunca para de tocar, pois a equipe não estruturada é 100% dependente das decisões do médico fundador e empreendedor.
E está dependência ocorrerá mesmo em situações repetidas, como:
Além dos problemas internos, a clínica sofrerá com os "chacoalhões" econômicos governamentais.
Chacoalhões relacionados ao aumento do dólar (o que afeta diretamente a compra dos equipamentos) e acabando por "empobrecer" as aquisições tecnológicas ou ainda alterações de regimes de impostos.
Quem não se lembra, há alguns anos, o ministro da economia, durante um ano, aumentou o imposto do lucro presumido das clínicas para 35%.
Este aumento levou muitas clínicas a pedir empréstimo para não atrasar a folha de pagamento. E vamos além, se esse regime tributário persistisse, muitos quebrariam.
Algumas operadoras romperão contratos em busca de preço, algumas atrasarão pagamentos.
Estes fatos poderão levar o médico empreendedor a buscar ajuda jurídica, no intuito de conseguir receber.
E lembre-se (notificação extra-judicial) e 20% desse valor ficará com o profissional. É claro que haverá uma sensação de injustiça e de desvalorização do trabalho, então lidar com as frustrações também faz parte deste processo.
Sem noção de gestão, este médico que quer empreender, tomará decisão equivocada e muito danosa ao negócio: ceder em descontos para continuar atendendo uma cooperativa ou mesmo uma operadora de saúde.
Ao assinar, mesmo se a situação econômica melhorar, passará anos e o desconto persistirá sem mais nenhuma justificativa, enquanto para outros, os valores continuarão a serem pagos integralmente.
E mesmo com esse desconto, os reajustes negociados conforme lei 13.003/14 para repor a inflação serão abaixo do IGPM.
Decepcionado, o médico empreendedor poderá ver outras opções, como candidatar-se para trabalhar em uma clínica radiológica dentro ou fora do país.
Uma tarefa não muito fácil, pois precisará ponderar que o mais difícil ja terá sido feito (solidificar o negócio).
A pergunta que ficará será: desistir ou seguir em frente? O que será menos sofrido?
Aqui, justamente aqui, é que entrará a percepção de que só será possível seguir em frente com investimento em gestão.
Finalmente, se o médico empreendedor não desistir, a sugestão é iniciar por meio de consultorias especializadas, um trabalho longo e contínuo de educar, formar e treinar a equipe de colaboradores.
Nenhuma solicitação de desconto pela operadora será negado, isso porque a negativa pode gerar um descredenciamento, então esta solicitação passará por negociações tão exaustivas, que na maioria das vezes a operadora desistirá.
A Clínica passará ativamente a solicitar reposição da inflação nas operadoras, de forma a garantir sua sustentabilidade a longo prazo.
Lembramos que essa solicitação era sistematicamente negada, apesar da mensalidade do usuário aumentar acima da inflação muitas vezes.
Será necessário calcular custos, categorizar exames e convênios para assim descobrir o que agride economicamente a sustentabilidade da clínica.
Isso porque existem exames de operadoras que quanto mais faz, menos sobras sem tem ao final do mês, ou seja, não são sustentáveis.
Haverá a necessidade de organizar o faturamento, a fim de evitar perda de guias por erros de preenchimento e para recursar glosas, que pasmem, sem nenhuma justificativa chegam a 10-20% do faturamento de um convênio.
Esse fator gera perda para as clínicas que não checam os pagamentos.
No entanto, essas perdas podem reduzir para 0,5% o faturamento, tendo uma equipe de faturamento treinada e resiliente, inclusive com possibilidade de receber pagamentos retidos antigos.
A implementação da gestão e das certificações torna claro que o caminho da qualidade é incompatível com qualquer solicitação para dar benefício (muitas vezes em espécie para indicação de exame), o que além de ser antiético e ilegal, prejudica a credibilidade do negócio.
Seguir o caminho da qualidade sempre será a opção acertada de sucesso, mantendo o feedback natural e mantendo o sistema de saúde, que não realizará exames sem necessidade.
A gestão e elaboração destes processos internos, são fundamentais para fazer a clínica funcionar.
Estas gestões são facilitadas pela implantação de certificações de qualidade como ISO (indústria) ONA (dedicada a todos serviços de saúde) ou PADI do CBR (específica para clínicas de imagem).
Impantada estas certificações, passa-se a estabelecer uma organização das reponsabilidades e função (organograma).
Isso gera a uniformização de processos em cada setor, desde a telefonia até o estoque/financeiro.
O telefone do médico empreendedor finalmente vai parar de tocar para dar as mesmas respostas para perguntas, problemas e solicitações repetidas.
Os processos organizados, trazem qualidade e segurança, o que facilita a tomada de decisões.
A partir daí, o médico empreendedor só é consultado nas raras vezes que a situação é nova e não há processo definido para aquilo ou para grandes decisões, como a compra de novos equipamentos ou novas tecnologias.
A gestão de pessoas tem importante papel para engajar os colaboradores.
Isso porque grande parte da geração Y (mileniuns - início da internet) e da geração Z (100% internet) necessita de um próprosito para trabalhar, bem como a horizontalização da hierarquia e sua participação nas decisões.
O investimento na gestão de pessoas é fundamental para ter uma equipe com cultura forte (maior valor do negócio), seu principal motor econômico.
Inicia-se com a definição clara para todos os colaboradores da missão (o que somos), a visão ( o que queremos ser no futuro), valores (muito impregnado nos valores e personalidade do médico empreendedor fundador) e estratégia.
Aqui, vale ressaltar um destaque a implantação da política de resultados.
Ela ajudará todos a buscarem ganhos (14º salário) por meio da meta atingida.
A contratação de uma consultoria de processos enxutos (Lean) com foco em ensinar os colaboradores é fundamental para a sustentabilidade.
A cada avaliação de um processo, a própria equipe aprende:
Através da aplicação sucessiva da metodologia, é possível dobrar o atendimento sem aumentar número de colaboradores.
Cada setor tem desdobrada as suas metas para contribuir com a meta crucialmente importante da clínica.
Por exemplo, a meta crucialmente importante da clínica eram de 1000 exames/mês. A meta desdobrada da limpeza era a de checar wcs a cada 30 minutos para deixá-los impecáveis e o cliente ter sempre uma boa experiência.
Além disso, a realização de reunião semanal de cada setor por 15 minutos para que qualquer membro da equipe possa propor e testar novas ideias (melhorias dos processos ou soluções de novos problemas) auxiliando assim a atingir a meta crucialmente importante.
É empírico dizer aos especialistas de imagem que iniciam carreira qual dos três caminhos seria melhor seguir:
Optando por essa última, torna-se fundamental e necessário aprimorar a gestão através de cursos e de consultorias para toda a equipe, para assim poder ter qualidade de vida (tempo para a família, saúde e atualização).
Isso garantirá:
Por fim, a dica que deixo a vocês é: empreender vale a pena! Não desistam!
Nossos consultores estão prontos para atendê-lo(a)!